Have a nice Pi-Day! In memory of Stephen Hawking!
A China lançou com sucesso um satélite de comunicação lunar, desenvolvido para ajudar na missão histórica que o país lançará ainda em 2018 de colocar um lander e um rover no lado distante (escuro, oculto) da Lua. Além de servir como relay de dados, esse satélite ainda fará experimentos astronômicos.
O satélite de relay da Chang’e-4, está sendo acompanhado por dois microssatélites, e tudo isso foi lançado a bordo de um foguete Long March 4C direto do Xichang Satellite Launch Centre, às 18:28 hora de Brasília, desse domingo, dia 20 de Maio de 2018.
A sonda foi inserida com sucesso na órbita de transferência lunar e se separou do estágio superior de seu foguete. O China Aerospace Science and Technology Corporation, o CASC, o principal contratante para o programa espacial, confirmou o sucesso em menos de uma hora após o lançamento.
Chamado de Queqiao, o satélite está agora numa jornada de 8 a 9 dias até o segundo ponto de Lagrange do sistema Terra-Lua, conhecido como E-M L2, que fica entre 60 e 80 mil quilômetros além da Lua, ou seja, a quase meio milhão de quilômetros da Terra.
O principal objetivo da missão é fornecer um meio de comunicação para as operações de um lander e de um rover lunar que serão colocados no lado distante da Lua, algo que nunca foi testado antes.
Como a Lua é travada gravitacionalmente com a Terra, esse lado distante, nunca está voltado para a Terra. Pousar missões ali, requer um sistema de comunicação com base nesses satélites que fazem o relay dos dados e que sempre estarão com as estações em Terra e com o lander e rover na sua linha de visada.
O ponto E-M L2 que é gravitacionalmente estável irá fornecer essa posição e a órbita adequada para o satélite realizar a sua função.
Queqiao, irá fazer um sobrevoo lunar para ser lançado para seu destino além da Lua e usará seu próprio sistema de propulsão para entrar numa órbita halo ao redor do ponto de Lagrange.
Uma vez no seu ponto, o satélite de 448 kg CAST100, desenvolvido pela China Academy of Space Technology, a CAST, uma empresa fabricante de sondas que trabalha para o CASC, irá testar sua antena parabólica de 4.2 metros de diâmetro e todas as funções antes que a missão levando o lander e o rover chegue na Lua.
O satélite enviado hoje, marca a quinta missão lunar chinesa, contando os dois módulos orbitais, Chang’e-1 em 2007, o Chang’e-2 em 2010, o rover e lander lunar da missão Chang’e-3 de 2013, e uma missão teste de retorno de amostras da Lua em 2014.
Em 2019, a China irá lançar a missão Chang’e-5 para coletar 2 kg de amostras do solo lunar e mandar de volta para Terra.
O lançamento desse domingo, dia 20 de Maio de 2018, marcou o décimo quinto lançamento da China em 2018, lembrando que a China pretende fazer cerca de 40 lançamentos nesse ano, o que dá quase 1 lançamento por semana.
Além de ajudar nas missões que pousarão na Lua, o satélite também irá usar 3 antenas de 5 metros de diâmetro de monopólio que serão usadas para realizar uma astronomia de frequência muito baixa que é impossível de ser feita na Terra, devido à atmosfera do nosso planeta.
A Netherlands-China Low frequency Explorer, ou NCLE, desenvolvido pela Readbound University, e outros, irá tentar detectar um sinal de baixa frequência proveniente da era negra do universo, algo que aconteceu poucas centenas de milhões de anos após o Big Bang, antes das primeiras estrelas brilharem.
Outros objetivos, disse Marc Klein Wolt, da Readbound University, e líder de projeto do NCLE, incluem, pesquisas do Sistema Solar nessas frequências, além de agir como uma base para futuras missões.
Perguntado se o NCLE poderia também, apesar de não ser o objetivo científico da equipe, contribuir para a pesquisa por inteligência extraterrestre, Klein Wolt, disse que, “em princípio poderia, já que nós estamos abrindo uma nova janela para o universo, mas eu não estou esperando encontrar qualquer ET”.
Dois microssatélites, o Longjiang-1 e 2, também estavam a bordo do foguete chinês, e tentarão entrar numa órbita lunar altamente elíptica para realizar suas tarefas astronômicas.
Os satélites pesando 45 kg e com dimensões de 50x50x40 cm, desenvolvidos pelo Harbin Institute of Technology, o HIT, em Heilongjiang , usará antenas de 1 metro para testar radioastronomia de baixa frequência e um tipo de interferometria baseada no espaço.
Principalmente usado como uma verificação técnica para futuras missões, o par de pequenos satélites também está levando experimentos de rádio amadores, além de uma pequena câmera óptica desenvolvida pela Arábia Saudita.
A Chang’e-4 era considerada primeiramente como uma missão reserva da Chang’e-3 que levou o rover Yutu para tocar o solo do Mare Imbrium em 2013.
Como a missão foi realizada com sucesso, apesar de uma falha mecânica no Yutu, a sonda Chang’e-4 foi então confirmada como sendo a missão para o lado distante da Lua.
O alvo para que a Chang’e-4 pouse na Lua é dentro da cratera Von Kármán, que fica na Bacia Aitken do Polo Sul, uma área intrigante do ponto de vista científico, que pode oferecer uma grande ideia sobre a história e sobre o desenvolvimento tanto da Lua como do nosso Sistema Solar.
As câmeras na Chang’e-3 mandaram imagens espetaculares do Mare Imbrium, e o mesmo espera-se da Chang’e-4. A Chang’e-3 fez inúmeras descobertas com seus instrumentos, incluindo múltiplas camadas distintas na superfície, sugerindo que a Lua teve uma história geológica mais complexa do que se pensava anteriormente.
Imaginem o que uma missão no lado distante da Lua não pode nos revelar.
Fonte:
https://gbtimes.com/china-launches-queqiao-relay-satellite-to-support-change-4-lunar-far-side-landing-mission
A algum tempo eu trouxe aqui no canal um vídeo sobre a estrela HL Tauri, onde o ALMA tinha feito uma imagem espetacular sobre o disco de poeira ao redor da estrela, mostrando gaps, ou vazios, que poderiam estar relacionados com a presença de planetas recém formados.
Porém, os astrônomos não tinham chegado a uma resposta definitiva sobre o que eram os gaps no disco de poeira, muitos acreditavam que poderia sim ser as marcas da formação de planetas, porém outros contestavam essa teoria, principalmente pelo fato da HL Tauri ser uma estrela muito jovem, com cerca de um milhão de anos, e os astrônomos acreditavam que seria necessário pelo menos 10 milhões de anos para a formação de planetas.
Esses astrônomos sugeriram outros processos para a formação dos gaps, como a mudança no tamanho da poeira, por meio da aglutinação ou da destruição, ou até mesmo pela formação da poeira, pelo congelamento das moléculas gás.
Qual teoria está correta? A formação de planetas, ou a mudança na poeira?
Os astrônomos então foram adquirir novos dados, dessa vez, os astrônomos focaram na análise do gás ao redor da estrela para entender assim a natureza do disco. A ideia deles era a seguinte, se os gaps no disco de poeira fossem provocados pela variação na propriedade da poeira, isso não afetaria o gás diretamente, já se os gaps fossem formados pela gravidade de planetas em formação, isso também afetaria o gás, criando gaps no gás também.
Utilizando os dados públicos do ALMA de 2014 a equipe de astrônomos extraiu as emissões de moléculas de gás e utilizou uma nova técnica de processamento dos dados.
Aliando o processamento dos dados com as novas informações extraídas eles chegaram a conclusão de que existem também gaps no disco de gás, e esses gaps coincidem com os do disco de poeira. Isso suporta a ideia de que esses vazios no disco, são sim as marcas deixadas pela formação de planetas, e pelo fato dos vazios tanto no disco de poeira como no disco de gás se ajustarem tão bem, desfavorece muito a ideia de uma variação somente na poeira.
A HL Tauri possui dois gaps no seu disco, um mais interno e um mais externo. O mais interno provavelmente se deve à formação de um planeta com uma massa equivalente a 0.8 vezes a massa de Júpiter.
Enquanto que o gap externo pode ser que exista devido à formação de um planeta com uma massa equivalente a 2.1 vezes a massa de Júpiter. Porém os resultados para esse disco mais externo são carregados de muita incerteza, e novas informações serão necessárias para que se possa ter certeza do que está acontecendo ali.
Por enquanto, uma conclusão importante dessa pesquisa é que de acordo com os dados, a formação de planetas parece acontecer bem antes do que se previam nos modelos anteriormente. Com mais dados sobre esse tipo de disco e sobre esses gaps, se poderá ter certeza disso, e os modelos poderão então ser reescritos, para melhor representar a formação de planetas.
(via https://www.youtube.com/watch?v=UdxUGCezWOo)
Boa noite galeraa!!
Os 4 planetas alinhados no horizonte de Utah. By Richard Keele
Essa sequência de mapas mostra a variação na temperatura da superfície da lua Titã de Saturno, num intervalo de dois anos, de 2004 a 2006. As medidas foram feitas com o instrumento Composite Infrared Spectrometer (CIRS) da sonda Cassini da NASA.
Os mapas mostram a radiação térmica infravermelha, o calor, vindo da superfície de Titã, no comprimento de onda de 19 mícron, uma janela espectral onde a atmosfera opaca da lua é na sua maior parte transparente. As temperaturas têm sido calculadas como a média para todo o globo de leste para oeste, para enfatizar as varrições sazonais na latitude. Regiões em preto nos mapas são áreas onde não se obteve dados.
As temperaturas na superfície de Titã mudam vagarosamente no decorrer das longas estações, que duram cerca de sete anos e meio. Como na Terra, a quantidade de luz do Sol recebida em qualquer latitude varia à medida que a iluminação do Sol se move para o norte ou para o sul no decorrer do ano de Saturno que dura 30 anos.
Quando a Cassini chegou em Saturno em 2004, o hemisfério sul de Titã estava no meio do verão e então era a região mais quente. Pouco depois do equinócio de 2009, em 2010, as temperaturas eram simétricas nos hemisférios norte e sul, reproduzindo o que a sonda Voyager 1 em 1980 (1 ano de Titã antes). As temperaturas na sequência esfriaram no sul e subiram no norte, à medida que o inverno no sul se aproximava.
Enquanto que a tendência geral de variação de temperatura é claramente evidente nesses mapas, existe uma faixa estreita em alguns lugares que é um artefato das observações feitas através da atmosfera de Titã. O denso envelope de névoa adiciona um ruído e torna as medidas difíceis.
A animação mostrada abaixo mostra um modelo simplificado da variação da temperatura durante os anos. As faixas de latitude têm sido suavizadas para mostrar mais claramente como a temperatura de pico de Titã se move de 19 graus sul para 16 graus norte entre 2004 e 2016. O pequeno globo na parte superior direita mostra uma visão de Titã como visto da direção do Sol. A latitude em Titã quando o Sol está a pino, é indicado pela estrela amarela.
Embora se mova em latitude, a medida máxima de temperatura em Titã permanece ao redor de -179.6 graus Celsius, com uma temperatura mínima no polo somente 6 graus mais baixa. Esse é um contraste muito menor do que o existente, por exemplo, na Terra onde as temperaturas variam de mais de 100 graus Celsius entre a mais fria e a mais quente.
Esses mapas de temperatura da superfície de Titã são visualizações das medidas que foram publicadas na revista Astrophysical Journal Letters.
Fonte:
http://astronomynow.com/2016/02/23/taking-titans-temperature-2004-2016/
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This new NASA/ESA Hubble Space Telescope image shows the center of the Lagoon Nebula, an object with a deceptively tranquil name, in the constellation of Sagittarius. The region is filled with intense winds from hot stars, churning funnels of gas, and energetic star formation, all embedded within an intricate haze of gas and pitch-dark dust.
Image Credit: NASA/JPL/ESA/J. Trauger
Independente de estar classificado ou não, sempre serei #Cruzeiro 🔵✨
Fotografar um buraco negro, é possível? Óbvio que fotografar o interior de um buraco negro, ou o que acontece além do horizonte de eventos, é algo impossível, pois a partir do horizonte de eventos, nada consegue escapar, nem mesmo a luz.
Agora, fotografar o horizonte de eventos é sim algo possível, porém para realizar esse feito seria necessário um telescópio gigantesco, para se ter uma ideia, para fotografar o horizonte de eventos do buraco negro no centro da Via Láctea, seria necessário um telescópio que tivesse, virtualmente o diâmetro do planeta Terra.
E será que isso é possível? Não só é possível, como está pronto para operar.
A iniciativa se chama Event Horizon Telescope, ou Telescópio do horizonte de Eventos.
O objetivo é integrar os grandes radiotelescópios do mundo, e a através de uma técnica chamada de interferometria e assim conseguir observar o horizonte de eventos do buraco negro supermassivo no centro da Via Láctea.
Para quem não sabe, o buraco negro central da Via Láctea, se chama Sagitarius A*, está localizado a cerca de 26 mil anos-luz de distância da Terra, e obviamente nunca foi observado.
O que se tem são indícios de sua existência devido a observação das estrelas ao redor se movimentando de forma muito rápida, o que sugere um objeto extremamente denso no centro.
O seu horizonte de eventos tem cerca de 20 milhões de km, parece muito, mas na distância que ele está não é nada, é só mesmo, um telescópio do tamanho da Terra é capaz de observar.
O EHT usa uma técnica chamada de VLBI (Very Long baseline array interferometry).
Na verdade a técnica consiste em combinar o poder das maiores antenas de rádio telecópios do mundo todos olhando para um mesmo alvo ao mesmo tempo.
Com a recente adição do ALMA ao EHT sua sensibilidade foi extremamente melhorada.
além dos instrumentos, o local onde ficarão armazenados os dados já está pronto esperando a quantidade enorme de informação. A capacidade de armazenamento é equivalente a de 10000 laptops tradicionais.
Além de tudo isso, obviamente o algoritmo que irá fazer a análise dos dados já está bem desenvolvido.
E para ter uma certeza no sucesso do experimento, simulações já foram rodadas levando em consideração as equações de Einstein.
E o efeito que os astrônomos esperam observar é a sombra do buraco negro na matéria subjacente e quando essa sombra acontecer, o horizonte de eventos se tornará proeminente.
Agora a pergunta que não quer parar? Quando teremos essa imagem?
Os astrônomos pretendem fazer a campanha de observação entre 5 e 14 de Abril de 2017, mas devido à complexidade das análises, provavelmente a primeira imagem só fique pronta em 2018, ah, e só para lembrar não tem nada da NASA nisso.
Além obviamente de fazer a imagem do horizonte de eventos, que será algo extraordinário, esse experimento poderá provar mais uma vez a teoria da relatividade de Albert Einstein. Muitos efeitos só provados teoricamente poderão ser testados nessa observação.
E não existe melhor lugar para testar a teoria da relatividade do que o ambiente extremo nas vizinhanças de um buraco negro.
Será que esse ano conseguiremos esse fato extraordinário? vamos aguardar e estarei aqui anunciando para vocês as novidades.
(via https://www.youtube.com/watch?v=NFRk-1yq86Y)
Lua e Terra fotografadas pela Apollo 17 em Dezembro de 1972.