constantinejr:
“e aí o que aconteceu, moça?” uma das crianças que fazia um círculo em volta de serendipity perguntou, os olhos atentos e curiosos. honestamente, a loira não se dava bem com crianças e tinha plena consciência disso, por isso não fazia nenhuma questão de esforçar-se para ser realmente simpática com elas. de vez em quando aquelas crianças apareciam em frente à loja na qual trabalhava, porque achavam muito engraçado e divertido as coisas supostamente mágicas que eram vendidas ali, e passavam vários minutos observando a vitrine. naquele dia, constantine, por estar sentindo-se extremamente entediada graças à falta de clientes, decidiu ir até a porta da loja para interagir com elas, ou melhor, para dar um susto nelas. estava contando uma história de terror de sua própria autoria, aproveitando-se de que já estava de noite. — e então, nosso amado herói correu para abrir a caixa, sua última esperança naquela situação devastadora. — a loira contava com uma voz excessivamente dramática, mas que as crianças pareciam gostar. “e na caixa tinha o quê? ajudou a salvar o mocinho?” outra das crianças perguntou e serendipity sorriu, um sorriso que continha mais malícia do que qualquer outra coisa. — por quê vocês mesmos não descobrem? — disse por fim, tirando uma pequena caixa de dentro do casaco e segurava-a na frente dos garotinhos e garotinhas, esperando que as crianças abrissem. — essa era a caixa da história. — quando as crianças ansiosamente abriram a tampa da caixa, seu conteúdo foi revelado: uma fumaça negra que rapidamente se espalhou em volta dos pequenos meninos e meninas formando máscaras assustadoras de goblins e monstros que gritavam todo tipo de besteira e urravam em intimidação. as crianças imediatamente saíram correndo e gritando por suas mães, enquanto serendipity caía na gargalhada. ela ergueu a caixa até a altura de seu rosto, soprando a fumaça para fora da mesma e desfazendo o pequeno feitiço de ilusão que colocara ali, em seguida, guardou o objeto novamente em seu casaco. só então, virou-se para alguém que parecia estar observando a cena há algum tempo, um espectador curioso que definitivamente não era uma criança. — e então? acha que levo jeito para ser contadora de histórias?
quando abdicara de suas ‘práticas’ mais nocivas, camila não sabia no que estava metendo-se. apesar de seu caráter ainda dúbio, as alterações na forma como se apresentava para o mundo eram expressivas. inclusive, enquanto carregava-se de maneira torturosa pelas ruas de new york, lembrava disso: redenção era um verdadeiro incômodo — bem como a culpa, quando não esmagadora. pouco no trajeto chamava-lhe atenção, ao menos até repousar seus olhos sobre uma figura cercada por crianças interessadas. construía um cenário de curiosidade e prendia atenção, a isso a isley lhe daria crédito mas sabia, todavia, que a mulher não iria exceder as expectativas que construía ou iria excedê-las drasticamente. a curiosidade lhe atraíra e não demorou a aproximar-se sem, de fato, abordá-la. ao assistir o ato final (que não atribuira como produto da supersticiosa e fraudulenta loja), uma manifestação silenciosa fora esculpida em sua face em forma de um sorriso ladino; fosse tolice ou fruto de exacerbado tédio a origem do cenário em que encontrava-se, seu cinismo quase herético descartara a mulher como uma performista — era algo a mais, ela era algo a mais. ao perceber que fora notada, apenas aproximara-se. ❛i guess if you have to rely on a piece of wood to save your ass, you’re not really a hero, are you?❜ ela disse, vindo de um lugar de ambos despeito e entretenimento com a menção da palavra herói. ❛a história realmente é fascinante, encantadora até,❜ o comentário fora largado no ar como início de uma longa ou ousada observação e notava que sua natureza lhe traía: se quisesse manter a discrição de quem era, não deveria questionar a dos outros — mas nunca fora boa em reprimir seus desejos ou vontades, então apenas dera de ombros. ❛mas eu seria incapaz de te reduzir a uma simples contadora de histórias.❜ com as sobrancelhas arqueadas, abrira espaço para interpretações, mas realmente não conseguia se incomodar com a forma que seria lida e considerando sua volatilidade, ambas poderiam ser consideradas corretas — um avanço sutil ou momentânea suspeita. ❛nice trick, though.❜ mudou de assunto deliberadamente, oferecendo um sorriso não intencionado para a loira.
she licks ʙʟᴏᴏᴅ off her ( fingers ) and she looks like 【DIVINE 𝓪𝓫𝓼𝓸𝓵𝓾𝓽𝓲𝓸𝓷】. c a r e f u l , meleager; this is ❝ your ❞ ѕρσят but she’s not p l a y i n g a GAME. do 「ɴᴏᴛ」 think you are safe because you ▵L O V E▿ her. do ησт 𝕥𝕙𝕚𝕟𝕜 she will not S T A I N her 𝖒𝖔𝖚𝖙𝖍 red with your ( ʙʟᴏᴏᴅ ) too.
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