Hande Erçel In Bambaşka Biri 1.01

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Hande Erçel in Bambaşka Biri 1.01

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3 months ago

ㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤflashback : encontros !

ㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤflashback : Encontros !

por mais que pudesse parecer injusto — e não acreditava que fosse — , ela sempre colocara camilo na mesma redoma habitada por vincenzo ricci , kadir şahverdi e lorenzo d’amato rizzo , assim como fazia com christopher . homens de poder , cuja riqueza era proporcional à disposição e à tendência para o mal , irresponsáveis com as vidas daqueles que orbitavam sua influência . não era uma convicção da qual estivesse ansiosa por se desfazer — ou pior , admitir que estivesse equivocada . não apenas por orgulho , talvez seu maior pecado , mas por princípios . aceitar que poderia estar errada significaria encarar um abismo dentro de si . ainda assim , as palavras dele a atingiram como um golpe no plexo solar , sugando-lhe o fôlego por tempo suficiente para que faíscas brancas se entrelaçassem às feições contrastantes do ricci . o riso dele apenas intensificava a sensação de fraqueza que se alastrava por seus nervos . como ele poderia proferir algo tão essencialmente oposto a tudo o que nela fora instilado desde o nascimento e seguir como se não houvesse invocado décadas de ressentimentos em seu âmago ?

a capacidade que ele possuía de simplesmente persistir , independentemente da curva dos projéteis que a vida lhe lançava , era excepcional . uma habilidade que , secretamente , neslihan invejava . em sua existência , tudo sempre parecia maior , desproporcional , carregando as distorções de uma psique ainda marcada pelas fissuras do abuso . cada frase dele até aquele momento soava meticulosamente arquitetada por uma parte dela à qual apenas ele tivera acesso — a versão de si que mais desprezava , aquela que ainda se deleitava com afirmações positivas dirigidas a ela , um resquício da infância e adolescência , um fragmento do passado , a única faceta que ousava acreditar que finais felizes eram possíveis , mesmo que exigissem enfrentar todas as adversidades do universo . a gökçe arrancaria o próprio coração antes de permitir que os devaneios da sua antiga persona emergissem . subestimá-lo fora um erro , tanto quanto pensar que poderia manter a personagem que moldaram para ser parte da família ricci — ainda que não nos braços daquele ricci à sua frente . pela primeira vez em muito tempo , viu-se encurralada dentro da própria mente , sem direção definida . camilo era o único capaz de desestabilizá-la daquela maneira , e por vezes ele parecia consciente do fato , regozijando-se com um prazer quase insolente .

seus olhos , antes errantes , evitando-o a todo custo , agora pareciam magnetizados , presos ao polo sobre o qual ele detinha total controle . engoliu em seco , deixando que o questionamento passasse por seu ombro como se não tivesse o poder de fazê-la reconsiderar quinze anos de convicções . já a segunda provocação fez com que uma de suas sobrancelhas se arqueasse em curiosidade contida . ❝ poderia fornecer cerca de quarenta mil refeições solidárias , ao menos quinhentas consultas médicas com os devidos medicamentos , plantar uma média de oito mil árvores e salvar centenas de animais . mas essa em específico , ao menos , você já sabe . ❞ a estimativa vinha do que ela mesma realizara além , administrando parte da fortuna deixada em nome de sua mãe , e intrigava-se com a resposta que ele daria . ❝ mas se mudar a vida de uma única pessoa já terá feito mais do que eu espero de você . ❞ não duvidava da capacidade financeira de camilo , mas questionava sua disposição moral para tal feito . talvez soubesse que duvidar dele fosse o caminho mais certeiro para provocá-lo a provar o contrário , mas guardava a percepção para si , um sorriso discreto curvando os lábios .

❝ jamais me satisfiz com pouco , camilo . apenas escolho quando me deleitar com o que realmente desejo . se me entregasse ao que verdadeiramente me sustenta todos os dias , tudo se tornaria fácil demais… e eu gosto de desafios . ❞ as íris acompanhavam os movimentos alheios , observando-o sorver o líquido carmesim , e , no fundo do próprio paladar , quase podia sentir o aroma intenso do vinho . seu sorriso espelhou o dele , os olhos brilhando com um humor depreciativo diante do tom masculino . ❝ agora , elas , sim, se contentam com tão pouco . são todas tão facilmente impressionadas que um sorriso e palavras vazias bastam para conquistá-las ? ❞ neslihan compreendia perfeitamente a insinuação do ricci , mas não daria a ele o gosto de reconhecê-la , seria um caminho sem volta em mais de um sentido . já preparada anteriormente para o efeito que a comparação entre subserviência e polidez — que ele supostamente não compartilhava — , tomou apenas meia respiração , solevando uma das sobrancelhas . ❝ hm . achei que você preferisse suas companhias maleáveis exatamente para fazer o que quiser com elas . devo ter perdido esse memorando em específico . ❞ àquela altura , qualquer pretensão de submissão havia evaporado no ar carregado entre eles . ❝ o que você realmente quer ? ❞ um pequeno riso escapou . ❝ por que não dizer com todas as palavras ? quem sabe , sendo você o gentil , não consiga o que deseja de maneira mais fácil ? afinal , falam que se pega mais abelhas com mel do que com vinagre . ❞ o ditado não era um o qual acreditava , mas talvez fosse o motivo da distância ácida que insistia em colocar entre eles . não desejava estar presa à doce armadilha de camilo ricci .

o aroma de manjericão mesclado ao vinagre balsâmico, ao pecorino e ao pistache invadiu-lhe o olfato , interrompendo seus pensamentos . aceitou as entradas com um sorriso em agradecimento ao cameriere , antes de elevar a taça aos lábios e saborear o grand cru . um suspiro prazeroso sutil escapou , enquanto seus olhos voltavam ao homem à sua frente . uma pequena risada rompeu sua hesitação . se já estava na chuva , por que não se molhar ? talvez fosse a frase que ainda perambulava entre os tímpanos que recobrava memórias da adolescência , ou a atmosfera envolvente de velas , flores e pratos elaborados que a embriagava , mas sua resposta vinha quase automaticamente , surpreendendo-a pela franqueza . ela percebia o jogo dele . camilo sempre a colocava como adversária apenas para , no final , reivindicar sua vitória e cobrar um prêmio . e , embora o permitisse isso na maioria das vezes , ali a cautela lhe serviria melhor . ❝ passei por uma fase… delicada na adolescência . estive envolvida em um acidente que me fez repensar a vida por inteiro e , naquele dia , ao acordar em um hospital sem saber o que havia causado , escrevi uma carta para minha mãe . nela , supliquei para que fôssemos embora de khadel e deixássemos tudo para trás , mas nunca tive coragem de entregá-la , e… depois , já era tarde demais . ❞

a confissão era um lapso de sua fachada meticulosamente construída , e teria certeza de não cometer outro deslize . levando uma fatia de mozzarella envolta em pesto aos lábios , pausou antes de devolver a pergunta com naturalidade , como se suas palavras não carregassem o peso de uma cicatriz . ❝ há algo que ainda não tenha exposto para toda a cidade e que apenas eu teria o privilégio de saber ? ❞ não esperava que ele se tornasse vulnerável a ponto de revelar algo significativo , mas manter a conversa fluindo era o mínimo . ❝ e já que insiste em transformar isso em um encontro… diga-me , qual foi a última vez que alguém — ou algo — realmente te surpreendeu ? ❞

ㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤflashback : Encontros !

camilo era mais observador do que poderia transparecer. ou talvez apenas era bom em ler as pessoas, estivesse ele se esforçando ou não. de certo era uma resposta natural à certos traumas, embora ele próprio nunca tivesse feito tal conexão. crescer em um lar disfuncional, com um pai completamente desequilibrado e frequentemente violento o fizera aprender a interpretar os pequenos sinais, a estar alerta aos padrões e as mudanças destes. o que havia começado como um mecanismo de defesa passou a ser útil para conquistar o que quisesse, de quem quisesse. dinheiro era um facilitador inegável, mas o carisma e a compreensão da natureza humana o levava além. entender as pessoas fazia com que ele soubesse exatamente o que dizer ou fazer para que as coisas pendessem para o seu lado da balança. por isso se divertia tanto nos momentos em que interagia com neslihan. tudo na postura dura e poderosa da mulher era sincero, e ainda sim, em pequenos - quase imperceptíveis - momentos daquela dinâmica dos dois, ele podia ver fragmentos que deixavam claro que ele a atingia de alguma forma (além da irritação). sabia que entre uma provocação ou outra sua, incitava nela interesse o suficiente para que aquele jogo continuasse. com aposta ou não, neslihan provavelmente não se submeteria a algo que ela fosse completamente contra. era por isso que para camilo, a vitória não era apenas o fato da mulher estar diante de si naquele encontro, mas de ter permitido que tudo aquilo se desenrolasse até aquele ponto.

e agora lá estava ela, aqueles pequenos padrões que ricci já havia notado antes parecendo um tanto quanto... conturbados. e não apenas pela gentileza forçada que a gökçe precisava lhe conceder. estava acostumado a vê-la lutar contra a atração sexual que existia entre eles, mas o nervosismo que demonstrava parecia motivado por outra coisa. não se atreveria a dizer que sabia o motivo, mas se precisasse tentar adivinhar, talvez pudesse ter algo a ver com a história recente das almas gêmeas. não importava, no final das contas. camilo não achava que aquela história era real, e mesmo se fosse, não imaginaria que se aplicaria a eles. certamente neshilan partilhava da mesma opinião.

e então, ela estava de volta. ele sorriu. continuava divertido vê-la lutar para manter a gentileza, mas o fato era que ele gostava mesmo era da rispidez comum que ela demonstrava. o que podia dizer? adorava quando ela o maltratava. "sabe que na aposta, eu pedi que fosse gentil, e não passiva." havia uma diferença destacável. "ou você acha que eu considero que uma mulher educada é uma mulher que concorde com tudo o que eu digo?" ele riu, inclinando-se ligeiramente para frente, o sorriso em seu rosto deixando mais do que claro que ele estava entretido. sabia que haviam outros casais naquela noite, mas não se deu ao trabalho de prestar atenção em quem havia chegado. os olhos estavam fixos na mulher diante de si. "quantas?" perguntou então, voltando a recostar-se na cadeira. "diga um número, e eu faço. mudar vidas, isto é" não exatamente por benfeitoria, mas simplesmente porque ele podia. e se ela quisesse... bem, sinceramente? o faria justamente por aquele motivo.

a frase contendo a doçura insípida não falhou em lhe satisfazer, porque sabia que era verdade, por baixo do tom forçado - ele parecia estar causando algum efeito diferente nela. já a outra frase quase o fizera revirar os olhos, especialmente pelo sorrisinho alheio. "eu vi." assentiu diante da constatação da outra, a respeito do nível dos encontros de khadel. "sinceramente, me surpreende que uma mulher como você se contente com pouco." o idiota do karaokê lhe vinha na mente, mas a situação o fazia presumir que ela talvez abaixasse os padrões vez ou outra como naquela noite. um absurdo, considerando de quem se tratava. o garçom se aproximou com o vinho e camilo prontamente o degustou, aprovando e aguardando que ambas as taças fossem preenchidas. ele observou o líquido de cor forte antes de voltar a atenção a ela. "pelo contrário. estou bastante acostumado a ter mulheres gostando de tudo o que eu faço com a minha boca." ele sorriu, descarado. "por isso gosto de você. da sua honestidade, no caso. é claro que você está tendo alguma dificuldade de separar grosseria de franqueza, porque claramente está pensando que eu queria que agisse como uma boneca sem opiniões na noite de hoje, mas acredito que até o final do jantar você vai entender o que eu realmente quero." tão logo a entrada foi oferecida, mas camilo não deu muita atenção ao trabalhador, apenas agradecendo brevemente após ter os pratos dispostos na mesa sem virar o rosto em sua direção. "bem, isso é um encontro, certo? e já que você está tão disposta a se submeter aos meus caprichos, por que não fazemos isso direito? devemos nos conhecer, já que é para isso que servem essas ocasiões" não era como se ele tivesse um interesse verdadeiramente romântico (ou ele próprio estivesse disposto a falar muito sobre si mesmo), mas ficaria muito mais fácil levá-la para a cama se a conhecesse melhor. para além disso, ela simplesmente despertava nele muita curiosidade mesmo. "diga algo sobre você que ninguém mais sabe." pediu, sabendo que a frase havia sido vaga o suficiente para que ela compartilhasse o detalhe mais irrelevante, se assim o quisesse.

Camilo Era Mais Observador Do Que Poderia Transparecer. Ou Talvez Apenas Era Bom Em Ler As Pessoas, Estivesse

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3 months ago

antes mesmo que os primeiros raios solares rasgassem o véu da madrugada , neslihan já percorria o caminho até o pequeno complexo esportivo , a raquete equilibrada entre os dedos . o aroma fresco da grama recém aparada , meticulosamente ajustada aos padrões internacionais , impregnava seus sentidos , oferecendo um instante fugaz de alívio . mas nem mesmo aquele perfume familiar conseguia dissipar por completo a sensação de exaustão latente , o peso dos dias recentes transformando-a em um animal ferido , perdido na escuridão de uma floresta desconhecida . retirou o cardigã , sentindo o arrepio escalar-lhe os braços sob a brisa cortante da alvorada , após depositar a bolsa junto à rede — um ritual já automático — , com as raquetes extras . por vezes , dependendo do humor , estourava as cordas de poliamida com a força desmedida de seus golpes , como se o próprio equipamento carregasse consigo a frustração acumulada , então sempre trazia as excedentes . com os cabelos firmemente presos no alto da cabeça e os nervos tensionados , não desperdiçou tempo com aquecimentos triviais . a corrida ao redor da villa , antes de ceder à tentação de pegar o carro e dirigir até ali , fora mais do que suficiente para preparar os músculos . seu único objetivo era derrotar a máquina lançadora — um adversário silencioso , preciso e incansável . e assim , a mulher se perdia nos movimentos meticulosamente calculados , os golpes ressoando contra as cordas tensionadas da raquete , canalizando a exasperação que lhe queimava por dentro . o tempo se tornava irrelevante , a única certeza era o alívio sutil que se insinuava em seus ombros , a rigidez gradualmente cedendo enquanto sua mente se libertava das inquietações que , dia após dia , pareciam se entranhar mais fundo em seu consciente .

um sorriso despontou quando sua memória a transportou para o instante em que segurou uma raquete pela primeira vez — uma das muitas exigências paternas . dentre todas , talvez aquela fosse uma das poucas que ainda preservava com apreço , mesmo que , na época , as cordas fossem de tripa natural , um material que agora se recusava a sequer ponderar . o cenho se franziu ao recordar os treinos extenuantes , excessivos para uma criança sem qualquer ambição profissional no esporte , mas menos que a perfeição jamais fora aceito sob o teto dos şahverdi , então se tornou a norma . a respiração adquiriu uma cadência melancólica ao lembrar dos dias em que tinha companhia – uma companhia que ia além da miríade de treinadores cuja simples presença a fazia desejar nunca mais encará-los . matteo surgiu em sua mente como um relâmpago — um vestígio confuso em sua mente com a forma como tudo havia se desfeito , em meio ao caos infernal no qual ela era a personagem principal .

com o suor escorrendo por cada poro de sua pele , sacudiu as memórias com um último golpe certeiro na bola final lançada pela máquina . levando as mãos à cintura , puxou o ar límpido da manhã para dentro dos pulmões exaustos , contando mentalmente até dez . na última expiração , foi arrancada de seu momento de trégua por uma voz masculina . por um breve instante , sentiu a alma sair do corpo , como se sua própria lembrança tivesse evocado matteo em carne e osso à sua frente . com a destra pousada sobre o coração acelerado , inclinou levemente o quadril e esboçou um sorriso contido — um reflexo de algo reprimido há muito tempo , ou talvez apenas até o momento em que todos foram tragados pelo mistério que pairava sobre khadel como um véu espectral . quando sua rotina meticulosamente planejada começou a ruir . ❝ ei , teo . ❞ o apelido escapava com naturalidade , como se treze anos não tivessem se esgueirado entre eles sem quase nenhuma palavra trocada . enquanto caminhava até a bolsa descartada , procurando pela garrafa , seus olhos captaram um detalhe que fez o pequeno sorriso persistir , a raquete que pendia das mãos dele , os adesivos no cabo denunciando sua familiaridade . ❝ nunca te vi por aqui antes… mas suponho que nossos horários se diferem na maior parte dos dias . ❞ ergueu uma sobrancelha , indicando com o olhar o objeto desgastado entre os dedos masculinos . ❝ veio jogar sozinho ou aceita companhia ? ❞ a pergunta carregava o mesmo tom melancólico das lembranças que há pouco enevoaram seus pensamentos . ❝ eu poderia usar um adversário mais desafiador . ❞

Antes Mesmo Que Os Primeiros Raios Solares Rasgassem O Véu Da Madrugada , Neslihan Já Percorria O Caminho

Starter fechado para @neslihvns

Quadra de tênis

Sua rotina de exercícios focava em musculação e atividades que ainda poderiam ser feitas na Casa Comune, como kickboxing, Muay Thai ou boxe. Porém, vez ou outra, Matteo gostava de se aventurar em outros esportes. Fosse para causar um pequeno desconforto no seu corpo ao experimentar algo novo, fosse para quebrar um pouco a monotonia do conhecido, ele achava que colocar coisas diferentes na sua rotina lhe traria algum benefício. Era por isso que, naquela manhã, ele optou pelo tênis. Pegou uma raquete esquecida dentro da garagem abarrotada de quinquilharias e logo a onda de memórias associadas ao objeto veio em sua mente.

Ele tinha treze anos e pegou uma raquete no quarto de Neslihan. Ela estava tentando ensiná-lo algo de matemática, mas a mente inquieta de Matteo não conseguia focar nas equações. Ele não entendia porque as coisas lhe eram tão mais difíceis quanto para os seus colegas, mas os números, letras e formas pareciam dançar na folha, causando sua própria inquietação. Ele perguntou para ela o que era aquilo e, mesmo entre um olhar autoritário que dizia que ele devia estar prestando atenção em outra coisa, ela explicou para ele o jogo.

Aos dezesseis anos foi provavelmente quando jogaram o último jogo juntos. Cada dia mais suas lições ficavam espaçadas. Algumas vezes interrompidas por causa da nova rotina física de Matteo, outros dias por algum compromisso que Neslihan possuia. Parecia que suas agendas nunca alinhavam, tão raro quanto um completo alinhamento planetário e Matteo só sabia responder com a única expressão externa que conseguia oferecer aos outros: indiferença. Não podia ir atrás dela. Ele nem sabia o que havia acontecido para o afastamento. Depois daquele dia nunca mais se encontraram intencionalmente dentro ou fora da quadra.

Tinha vinte anos e havia jogado algumas vezes aleatórias, ainda com a raquete emprestada que nunca devolveu. Algumas objetos ficavam perdidos pelo contato entre aqueles que os manipulavam e esse era um dos casos. Talvez nunca voltaria ao verdadeiro dono. Parou de jogar por muito tempo.

Agora, segurando a raquete, ele percebia o quanto ela parecia pequena na sua mão e muito mais velha que lembrava. Talvez fosse a camada de poeira que lhe cobria, depois de longos anos em desuso. Ele girou na mão e decidiu levá-la, mais pelo valor sentimental do que pela praticidade. Provavelmente teria que alugar uma nova para poder jogar. Mas algo de tudo que estava acontecendo, a ligação do grupo mais improvável que poderia ser colocado junto em Khadel, fazia com que ele pensasse mais sobre as suas conexões, ou a falta delas. No fundo Matteo sabia que a indiferença com que levava a vida seria sua ruína. Sozinho, desconfiado e provavelmente rabugento. Era assim que terminaria. Não poderia culpar nenhuma maldição pelo desamor, ele mesmo afastava qualquer um que se atrevesse a tentar estar na sua vida.

Como se evocasse o fantasma de Neslihan com aquela raquete, ele avistou a mulher numa das quadras assim que chegou no lugar. Era cedo, talvez cedo demais, para agir indiferente e fingir que não havia lhe visto. Eram as únicas almas ali naquele horário, tirando o jovem na entrada que havia o recebido. Matteo respirou fundo e foi em direção à mulher, tentando pensar em algo para dizer, mas tudo parecia ficar àquem do desejável. "Ei," cumprimentou, soando patético na sua cabeça, mesmo que nada realmente escorrece ao exterior.

Starter Fechado Para @neslihvns

( @khdpontos )


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4 months ago

partner in justice : @oliviafb !

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o  ritmo  apressado  dos  passos  denunciava  o  nervosismo  que  corroía  neslihan  diante  de  seu  evidente  atraso. cada  minuto  perdido  parecia  uma  afronta  à  sua  agenda  meticulosamente  planejada  ,  onde  os  compromissos  se  entrelaçavam  com  precisão  cirúrgica. a  mera  ideia  de  desperdiçar  um  segundo  era  quase  risível  —  e  ,  no  entanto  ,  ali  se encontrava  ,  quase  meia  hora  além  do  combinado  com  olivia  ,  cujas  as  suas  insistências  para  aquele  encontro  haviam  sido  tão  persistentes  quanto  conhecidas. afinal  ,  ambas  sabiam  o  que  as  aguardava  ,  tendo  trilhado  aquele  exato  caminho  antes. supostamente  ,  deveria  estar  vestida  de  maneira  casual  —  ou  tão  próxima  de  casual  quanto  seu  closet  permitia  ,  mas  lá  estava  ,  com  a  questionável  decisão  de  permanecer  com  os  saltos  profissionais. cogitou  brevemente  retornar  ao  carro  e  abandoná-los  antes  que  se  tornassem  instrumentos  de  desastre  ,  tal  desvio  ,  no  entanto  ,  apenas  adicionaria  mais  dez  preciosos  minutos  à  conta  de  seu  atraso. restava  ,  então  ,  a  opção  de  descartá-los  na  entrada  ou  ser  extremamente  cautelosa. quando  finalmente  o  lúdico  edifício  surgiu  no  horizonte  ,  um  sorriso  instintivo  tomou-lhe  os  lábios  ,  acentuado  pela  reconfortante  explosão  de  cores  que  aquecia  seu espírito. o  alívio  se  instalou  momentos  antes  de  seus  olhos  captarem  a  figura  do  outro  lado  da  fachada  de  vidro. murmurando  desculpas  ainda  inaudíveis  ,  acelerou  os  passos  para  consumir  a  distância  restante  ,  atravessando  a  porta  com  presteza  quase  teatral. ❝  eu  sei,  eu  sei  !  estou  terrivelmente  atrasada  ,  liv  ,  eu  sei… mas  juro  que  estou  a  um  triz  de  enlouquecer  !  ❞  exalando  um  suspiro  ,  cumprimentou-a  com  um  beijo  em  cada  bochecha , e uma nuvem do próprio perfume ,  antes  de  voltar  sua  atenção  e  expressão  sorridente  a  uma  das  responsáveis  ,  cuja  presença  usualmente  adornava  a  recepção. ❝  carina ,  nós  duas  sabemos  quem  olivia  veio  encontrar  ,  mas  para  ela  é  uma  completa  surpresa. ❞  piscou  de forma exagerada  ,  a  voz  carregada  de  humor. ❝  está  preparada?  ❞  a  energia  que  emanava  era  contagiante  ,  com  o  coração  batendo  em  um  ritmo  acelerado  de  pura  animação. 

Partner In Justice : @oliviafb !

@khdpontos


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4 months ago
FUBAR 1.05
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FUBAR 1.05

look, i'm planted here, okay? what're you gonna do about it?


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4 months ago
* Aqui Se Encontram Conexões Estabelecidas Para A Militante E Os Demais Habitantes De Khadel !

* aqui se encontram conexões estabelecidas para a militante e os demais habitantes de khadel !

a estrela de cinema - tbd !

 a  filha  do  pastor  -  um  misto  de  frustração  e  compaixão  define  o  modo  como  neslihan  enxerga  lina. projetando  feridas  antigas  na  mais  nova  ,  colocou  como  missão  abrir  os  olhos  da  mesma  para  o  que  pode  estar  ocorrendo  sem  que  tenha  conhecimento. é  uma  troca  um  tanto  tensa  ,  principalmente  após  presenciar  a  forma  como  os  capel-d'angelo  a  pressionam  mentalmente  ! 

 a  garota  problema  -  um  soluço  do  destino  fez  com  que  neslihan  e  vivianne  se  encontrassem  em  milão  antes  mesmo  que  qualquer  menção  do  envolvimento  da  loira  com  a  suposta  quebra  da  maldição. os  dois  polos  do  caos  se  conheceram  em  uma  manifestação  ,  e  com  ajuda  mútua  conseguiram  safar-se  de  uma  viagem  às  celas  ,  a  presença  de  uma  pela  simples  necessidade  da  insanidade  e  da  outra  pelos  seus  princípios. a  presença  repentina  de  vi  na  idílica  cidade  veio  seguida  de  surpresa  ,  após  ,  breve  satisfação  ,  seguida  de  completo  arrependimento  ao  trabalharem  juntas. ainda  que  compartilhem  pontos  ,  a  incapacidade  de  comprometimento  da  nova  moradora  de  khadel  é  combustível  para  os  pequenos  desentendimentos  e  frustrações tbd  ! 

 a  menina  malvada  -  um  laço  que  transcende  o  simples  conceito  de  amizade  ,  neslihan  tem  a  certeza  que ela e geaziella  compartilharam  a  cumplicidade  em  outras  encarnações. respeito  e  companheirismo  mútuos  que  datam  da  infância  em  comum  ,  ainda  que  salpicados  por  momentos  de  diferenças  ,  inquebráveis  pelo  tempo  e  provações. foi  na  propriedade  dos  martinez-giordano  que  ficou  ,  às  custas  do  relacionamento  da  amiga  com  o  próprio  pai  ,  quando  vergonha  e  falta  de  esperança a  assolaram  ao  ser  deserdada. com  a  maioridade  tentaram  seguir  uma  vida  longe  das  pressões  de  khadel  ,  um  fracasso  ,  com  ambas  retornando  à  cidade  em  um  ponto  ou  outro. confidentes  e  inseparáveis  ,  se  apoiam  e  se  defendem  ,  mesmo  que  em  não  concordância  ,  nes  seria  capaz  de  matar  por  grazi  ,  e  pelos  que  essa  tem  em  seu  coração  ! 

 a  musa  do  verão  -  um  muro  intrincado  separa  a  complexidade  entre  neslihan  e  olivia. uma  amizade  antiga  ,  despedaçada  pela  influência  de  suas  famílias  e  terríveis  circunstâncias  ,  que  luta  para  manter  os  resquícios  de  calor. lembranças as  regem  ,  fazendo  dos  diminutos  pedaços  que  sobraram  do  passado  suficientes  para  manterem  uma  conexão  viva. próximas  ,  nada  como  a  cumplicidade  adolescente  ,  podem  ficar  semanas  sem  uma  ter  notícias  da  outra  ,  mas  quando  se  encontram  a  familiaridade  as  inunda  ,  conversas  fluem  até  o  momento  em  que  os  assuntos  que  permeiam  a  distância  entre  elas  veem  à  tona  ,  então  a  tensão  as  consome  e  a  chama  motriz  para  o  sentimento  perde  o  seu  brilho  ! 

o crossfiteiro - tbd !

o  lobo  solitário  -  um  bálsamo  ,  aaron  é  uma  força  sólida  e  constante  na  vida  de  neslihan. o  início  da  conexão  é  um  tanto  anuviado  ,  não  se  recorda  do  exato  momento  ,  mas  a  admiração  de  então  pelo  intelecto  alheio  e  a  capacidade  em  simplesmente  demonstrar  como  é  ,  sem  a  sombra  de  represálias  pairando  sobre  si  ,  ainda  permanece. como  sol  e  lua  ,  em  energias  opostas  ,  a  amizade  sem  regras  ,  sem  cobranças  ,  é  ponto  de  apoio  incondicional  em  meio  ao  fluente  sarcasmo  e  ações  que  demonstram  preocupação  e  carinho  para  além  de  meras  palavras. o  mal  humor  masculino  é  equilibrado  pela  energia  incessante  feminina  ,  que  encontram  um  no  outro  aceitação  e  hábitos  que  já  se  tornaram  rituais  ! 

 o  playboy  -  um  paradoxo  rege  as  interações  de  neslihan  e  camilo. o  mais  velho  representa  ,  e  age  ,  o  oposto  de  quase  tudo  o  que  a  mulher  defende  ,  com  a  exceção  do  amor  por  animais. o  pequeno  detalhe  é  suficiente  para  que  ela  reserve  as  demais  características  em  seu  subconsciente  e  permita-se  humorizá-lo  vez  ou  outra. ainda  que  ele  tenha  o  físico  quase  perfeito  ,  a  psique  do  ricci  a  mantém  firmemente  em  sua  convicção  de  que  ele  não  vale  um  segundo  a  mais  do  que  o  necessário  de  seu  tempo  ,  mesmo  que  as  provocações  e  tentativas  de  sedução  tragam  alívio  cômico  em  sua  vida  e  ,  por  vezes  ,  o  considere  digno  de  redenção  ! 

 o  último  romântico  -  um  verdadeiro  pandemônio  resume  a  forma  como  neslihan  e  christopher  interagem. duas  faces  da  mesma  moeda  ,  são  opostos  complementares  ,  que  projetam  um  no  outro  os  piores  traços  que  carregam  e  compartilham. arrogantes  ,  orgulhosos  ,  intensos  e  teimosos  ,  tinham  familiaridade  e  proximidade  na  adolescência  ,  ao  ponto  de  reconhecer  ,  e  admirar  ,  a  capacidade  artística  alheia  ,  mas  tudo  mudou  com  o  retorno  de  ambos  à  khadel. até  então  a  cidade  não  era  pequena  demais  para  conter  o  ego  de  um  rizzo  e  uma  antiga  şahverdi  ,  a  não  ser  que  colocados  de  lados  opostos  em  um  embate  jurídico. a  vitória  masculina  trouxe  à  tona  fantasmas  do  passado  feminino  ,  que  ainda  a  assombram  ,  e  junto  a  noção  de  alguém  sem  princípios  ,  sem  escrúpulos  e  capaz  de  fazer  tudo  o  que  é  mandando  para  não  ter  que  encarar  o  próprio  vazio  !

@khdpontos


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4 months ago

o  sorriso  que  surgiu  enquanto  acompanhava  as  reações  de  aaron  às  suas  palavras  irradiava  autenticidade. assim  como  havia  sentido  em  sua  conversa  com  graziella  ,  o  alívio  quase  tangível  de  ter  sua  opinião  validada  por  ele  era  inegável.  em  toda  a  sua  capacidade  mental  ,  não  conseguia  compreender  a  resposta  desproporcional  e  instintiva  que  as  superstições  acerca da  maldição  lhe  provocavam. naturalmente  ,  como  qualquer  mente  racional ,  a  ideia  de  acreditar  em  magia  era  absurda. o  que  escapava  era  a  razão  pela  qual  aquele  mito  específico  a  atingia  de  maneira  tão  visceral. inspirando  internamente  ,  um  riso  suave  escapou  de  seus  lábios  ao  ouvir  a  descrição  carregada  de  acidez  do  blackwell. doenças  mentais  certamente  não  deveriam  ser  banalizadas  ,  mas  a  absurda  natureza  da  situação  exigia  uma  pitada  de  humor  distorcido. ❝  e  a  união  será  oficializada  por  um  psiquiatra  que  também  é  padre  aos  finais  de  semana. ❞  os  olhos  reviraram  em  uma  mescla  de  exasperação  e  ironia  ,  antes  de  concordar  com  veemência. ❝  é  claramente  uma  manchete  sensacionalista. não  me  chocaria  se  fosse  alguma  família  tentando  encobrir  algum  escândalo ,  como  tantas  vezes  já  fizeram. ❞  replicando  a  respiração  masculina  ,  ponderou. ❝  ou  então  ,  alguém  com  algum  tipo  de  questão  em  relação  à  vivianne. não  que  eu  os  culpe  ,  a  essa  altura. quem  quer  que  seja  ,  provavelmente  decidiu  unir  o  útil  ao  agradável  ao  colocar  os  holofotes  sobre  ela. ❞  com  um  olhar  breve  para  a  xícara  quase  vazia  à  sua  frente  ,  solicitou  outra  ,  agora  acompanhada  de  alguns  biscottis  ,  aceitando  mentalmente  que  o  treino  de  tênis  teria  que  compensar  os  carboidratos  excedentes. ❝  estão  dizendo  que  ela  é  a  catalisadora  de  tudo. ❞  meneando  a  cabeça  em  uma  mescla  de  decepção  e  resignação  ,  beliscou  um  pedaço  da  massa  com  amêndoas  ,  suprimindo  um  suspiro  de  prazer  ao  sabor  delicado. ❝  mas  esses  rumores  à  parte . ❞  mudou  o  tom ,  fixando  o  olhar  no  amigo  com  curiosidade. ❝  como  foi  o  turno  de  ontem  ?  alguma novidade no  the  loft  ?  ❞  neslihan  dificilmente  se  colocava  como  o  epicentro  de  boatos  ,  mas  a  perspectiva  de  aaron  sempre  trazia  um  frescor  ao  cenário  que  ela  cuidadosamente  observava  à  distância.

O  sorriso  que  surgiu  enquanto  acompanhava  as  reações  de  aaron  às  suas  palavras

Aaron não sabia dizer muito bem como aquela amizade começou, mas, em algum momento, Nes havia se tornado uma constante tão sólida em sua vida que parecia impossível imaginar o mundo sem ela. Era como se ela sempre tivesse estado lá, assim como todas as tradições que eles passaram a adotar após mais de uma década de amizade. A amiga era uma constante, atravessando as diferentes fases ao lado dele com tranquilidade e, ao mesmo tempo, firmeza. Ela tinha a incrível habilidade de nunca levar seu mau humor a sério demais, como se fosse imune. E, embora ele nem sempre admitisse, havia algo reconfortante nessa dinâmica. "Honestamente?", perguntou, erguendo uma sobrancelha. "Eu não acredito nem um pouco". Aaron se debruçou sobre a mesa, totalmente capturado pela história. Mas ao invés de esperança, só vinha a descrença. "Porque, claro, todo dia a gente vê por aí dois pacientes apaixonados. Isso faz total sentido... Deve ser amor à primeira internação. Maldição quebrada, huh? Aposto que o próximo passo é eles se casarem no refeitório do hospital, logo depois da terapia de grupo." Ele soltou um suspiro cansado, balançando a cabeça. "Isso é só mais uma das mentiras que de vez em quando correm por aqui, aposto o que cê quiser".

Aaron Não Sabia Dizer Muito Bem Como Aquela Amizade Começou, Mas, Em Algum Momento, Nes Havia Se Tornado

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3 months ago

por mais que tudo em khadel parecesse mergulhado no caos , a gökçe não podia simplesmente permitir que o restante do mundo cedesse ao mesmo estado de histeria . os olhos ardiam em cansaço , resultado de um dia extenuante de reuniões consecutivas — começando na prefeitura e terminando com a tarde , e noite , em sua alma mater . respirar o ar expansivo de siena , que um dia chamara de lar , trazia um misto de familiaridade e sufoco , como se ao deixar a atmosfera de khadel fosse posto um fardo em seus pulmões , comprimindo-os e corroendo o tecido aos poucos . àquela altura , o junior elettrica parecia quase capaz de dirigir sozinha no trajeto entre as duas cidades e ela mal notava o velocímetro ultrapassar os limites italianos , mas também não se importava . a estrada , vazia e envolta em um silêncio inquietante , a recordava de um cenário de thriller , e o isolamento contribuía para a tensão palpável de pairava no ar .

foi então que um borrão de luz na mesma faixa que percorria capturou seu olhar , trazendo uma pontada de consternação . movendo o carro para o acostamento , o motor elétrico permanecia tão silencioso quanto a noite . só quando a figura encoberta pela escuridão virou-se em sua direção com agressividade perceptível , a lanterna revelando uma arma no aperto firme de mãos pálidas , que neslihan deu-se conta da extensão do risco que corria . sozinha , à beira de uma estrada , à noite . deveria ter ponderado melhor , e atribuía a falta de discernimento ao cansaço esmagador e os últimos dias que pesavam sobre cada terminação nervosa de seu corpo , ainda que adrenalina começasse a entrar em suas veias . mas então o tom feminino alcançou seus tímpanos , e os ombros relaxaram suavemente . ❝ bom , eu estava prestes a oferecer ajuda , mas se tem tudo sob controle , posso simplesmente seguir meu caminho... ? ❞ semicerrou as pálpebras contra o incômodo causado pela claridade do celular , que parecia perfurar sua retina . então a silhueta tornou-se reconhecível . o simples vislumbre foi suficiente para trazer à tona a memória da revelação da maldita cachoeira que tentava suprimir , um arrepio resvalando em sua espinha . ❝ ei , maxine . não percebi que era você... e então ? ❞ com o polegar indicou o próprio veículo , enquanto uma das palmas tentavam conter o brilho excessivo de incomodar ainda mais os olhos .

Por Mais Que Tudo Em Khadel Parecesse Mergulhado No Caos , A Gökçe Não Podia Simplesmente Permitir

@khdpontos

max voltava do hospital em destino a khadel para descansar do dia tão caótico e cansativo, seus pés pareciam brasas de tão quentes e latejantes, mas, o que estava lhe incomodando mais era a fome. por um momento lembrou-se de que não tinha uma unidade de pão em sua casa para poder comer e precisaria ir até algum local para comer. o caminho era tranquilo, uma estrada bem iluminada e familiar, mesmo se mudando a pouco tempo e ficando poucos anos de sua infancia por lá ela sentia bastante familiariedade. ouvia uma playlist de relaxamento quando seu carro começou a engasgar até parar, max girou a chave do carro algumas vezes pisando na embreagem e o mesmo nem sinal. a morena desceu do carro, já havia desistido dos seus sapatos e seus pés tocavam o chão. ao abrir o capô para verificar se havia algo de errado, suspeitou que pudesse ser algo relacionado com a bateria e torcia para não ser o motor. com muita dificuldade em enxergar, max tinha a lanterna de seu celular ligada e em poucos segundos ouvira passos proximos em sua direção, ela virou-se para trás sacando da chave de seu carro, destampando um canivete disfarçado pelo chaveiro. "o que você quer?" levantou seu celular para iluminar o local e aliviou-se por ser um rosto conhecido.

Max Voltava Do Hospital Em Destino A Khadel Para Descansar Do Dia Tão Caótico E Cansativo, Seus Pés

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4 months ago

ㅤㅤㅤㅤㅤflashback : antes da revelação !

ㅤㅤㅤㅤㅤflashback : Antes Da Revelação !

com um dar de ombros apressado , suspirou , o assunto da mais nova integrante de khadel era um tanto sensível para a gökçe . ❝ estão dizendo que a chegada dela foi o motivo para que todas essas "mudanças" acontecessem . ❞ as aspas saíam em uma entonação levemente enojada diante do assunto , interrompida pelo diminutivo que aaron insistia em relegar a olivia , que a agravava de forma quase instantânea . a linha tênue que ela insistia em andar entre os dois por vezes era exaustiva , dividida entre os polos que a atraíam . era demais pedir que algumas coisas retornassem ao seu estado de origem ? . ❝ uhum , quem provocou quem dessa vez e quem puxou o assunto do passado primeiro ? ❞ o tom era seco , ele sabia do seu posicionamento em relação à dinâmica entre duas pessoas que adorava . ❝ não duvido que está próximo de alguém dar um show por lá , levando em consideração os sentimentos aflorados dessa cidade . ❞ sorvendo o último gole do café e mordiscando mais um pedaço do biscotti , questionou se ousaria pedir mais uma xícara , ou se a agitação em suas veias já atingira o ápice . ❝ não , o meu papel aqui está feito , te atualizei sobre os absurdos rondando por aí , ingeri mais açúcar do que deveria e te fiz dar um sorriso . acho que posso começar o meu dia com o pé direito . ❞ ergueu as sobrancelhas de forma cômica , logo perdendo a batalha contra a própria força de vontade e rendendo-se a mais um ristretto . ❝ e fiz tudo isso antes de você sequer pedir um copo de água . ❞

ㅤㅤㅤㅤㅤflashback : Antes Da Revelação !

Apesar do cansaço, Aaron sorriu de lado com a resposta da amiga. Nes sempre conseguia esse feito com ele, fazê-lo rir de coisas do cotidiano mesmo em meio à rotina puxada. Ao ouvir o nome de Vivianne, o seu interesse aumentou e ele não conseguiu conter a pergunta: "mas, calma, por que mesmo a forasteira está relacionada com isso? Me explica melhor", pediu. Blackwell sentia que muita coisa estava acontecendo na cidade em pouco tempo e era difícil de acompanhar. Quando escutou a última pergunta dela, ele deu de ombros. "O turno? Não sei, acho que foi tranquilo...", mais um movimento incontrolável de dar de ombros. "Sei lá". Ele se recostou na cadeira, cruzando os braços na frente do peito, sentindo o humor azedar só com a lembrança. "A sua amiguinha apareceu por lá. Ela foi para o bar e a gente acabou conversando." A palavra saiu forçadamente indiferente. "Ou discutindo, como você provavelmente chamaria". Ele balançou a cabeça, fingindo cansaço. Ou melhor, fazendo bom proveito do cansaço que já sentia e potencializando isso para a amiga. "Mas, fora isso...tranquilo. Sem grandes dramas no The Loft, thanks God. Pelo menos até a próxima vez que alguém resolver tornar o bar o epicentro de uma peça de teatro." Revirou os olhos, relembrando da cena de Olivia ao lado das amigas. Com um gesto despreocupado, ele voltou a pegar o cardápio que tinha abandonado antes, como se tudo o que dissera fosse só mais uma nota de rodapé no dia. "E você? Alguma outra bomba pra soltar ou essa já foi o suficiente por hoje?"

Apesar Do Cansaço, Aaron Sorriu De Lado Com A Resposta Da Amiga. Nes Sempre Conseguia Esse Feito Com

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4 months ago

entre  o  apelido  abominado  e  a  malícia  estampada  na  expressão  alheia  ,  neslihan  sentiu  as  íris  faiscarem  em  desafio  ,  um  sorriso  calculado  o  suficiente  curvando  os  lábios. o  epíteto  era  uma  das  formas  mais  certeiras  de  provocação  –  e  camilo  sabia  disso. desde  o  instante  em  que  ela  cometera  o  deslize  de  demonstrar  seu  desgosto  pela  abreviação  ,  ele  parecia  se  deliciar  em  usá-lo  com  prazer  sádico. era  claro  que  ele  queria  irritá-la  ,  até  onde ,  ainda  não  havia  decidido  ,  e  havia  uma  ínfima  parte  de  si  que  ansiava  por  descobrir  o  limite  entre  ambos. nada  que  meros  segundos  na  presença  do  mais  velho  não  desfizesse  ,  transformando  qualquer  semblante  de  curiosidade  em  uma  nuvem  de  irritação. ❝  ah  ,  carissimo  ,  você  ainda  não  sabe  do  que  eu  sou  capaz  ?  ❞  o  tom  de  sua  voz  era  uma  provocação  tão  evidente  quanto  as  palavras  escolhidas  por  ele  momentos  antes. era  quase  irresistível  desafiá-lo  ,  como  se  confrontar  o  ego  do  ricci  fosse  tão  instintivo  quanto  respirar. 

as  orbes  estreitaram  ao  acompanhar  o  percurso  do  olhar  dele,  sentindo-se  exposta ,  estudada ,  como  se  pudesse  ser  decifrada  com  uma  mera  observação. impossível  ,  homens  como  ele  tinham  um  limiar  de  atenção  tão  diminuto quanto  suas  intenções eram  previsíveis  –  a  busca  por  troféus  para  massagearem  o  próprio  ego. ainda  assim  ,  a  marca  que  os  castanhos  deixavam  em  sua  pele  era  inegável. sustentando  a  atenção  masculina  com  uma  mistura  de  desdém  e  diversão  ,  ao  contrário  do  que  ele  pudesse  imaginar  ,  com  a  destreza  de  uma  amazona  treinada  desde  a  infância  ,  ela já havia assumido  as  rédeas  da  situação. aproximou-se  um  passo  ,  o  suficiente  para  que  o  perfume  feminino  e  a  colônia  masculina  se  mesclassem  entre  eles  ,  a  voz  baixa  em  um  tom  quase  confidencial. ❝  você  parece  confundir  a  minha  atenção  com  um  prêmio  ,  mas  não  se  engane  —  ao  final  do  seu  espetáculo  ,  quem  aquecerá  minha  cama  não  será  você. ❞  outro  passo  à  frente  ,  as  pernas  quase  se  tocando  ,  pegou  uma  das  doses  recém  entregues  ,  resvalando  os  lábios  no  vidro  em  um  gesto  que  incorporava  desafio. sorveu  o  líquido  âmbar  em  um  único  gole  ,  um  sorriso  curvando  as  feições. 

❝  dedicar  uma  música  ao  seu  fracasso  agora me parece  previsível  demais. talvez  eu  deva  escolher  algo  mais  apropriado  à  sua  natureza… ❞  o  olhar  percorreu-o  lentamente  ,  de  cima  a  baixo  ,  detendo-se  como  se  em  deliberação. ❝  you're  so  vain  me  soa  como  uma  boa  opção. ou  ,  quem  sabe  ,  no  scrubs. quase  perfeita. ❞  inclinou  o  torso  até  que  seus  rostos  estivessem  a  meros  centímetros  ,  suas  respirações  em  uníssono  pelo  breve  momento  enquanto  depositava  o  copo  vazio  com  um  tilintar  contra  a  mesa. endireitou  a  postura  com  uma  piscadela  ,  lançando  um  beijo  para  matteo  antes  de  prender  os  longos  fios  em um  gesto  casual. com  confiança  ,  marca  da  sua  presença  ,  virou-se  em  direção  ao  palco  improvisado. ❝  para  você  ,  ricci  !  espero  que  preste  bastante  atenção  ,  porque  não  tenho  o  costume  de  repetir  performances. ❞ 

os  primeiros  acordes  de  i'm  that  chick  preencheram  o  espaço. a  voz  da  gökçe  ,  suave  e  provocativa  ,  ecoou  junto  à  melodia  de  mariah  carey  ,  capturando  cada  olhar  presente. soltando  os  cabelos  ,  antes  presos  estrategicamente  ,  lançou-os  para  trás  em  um  gesto  que  parecia  uma  declaração  de  êxtase. enquanto  os  saltos  marcavam  o  compasso  ,  aproximou-se  de  matteo  ,  a  destra  escorregando  pelo  peitoral  alheio  ,  girando  os  quadris  no  ritmo  da  música. com  um  clique  do  grave  ,  encarou  a  audiência  ,  mantendo  contato  visual  ,  um  sorriso  ladino  sustentando  cada  passo. ensaiado  pelo  instinto  ,  com  os  dígitos  enredados  na  camiseta  do  mais  novo  ,  puxou-o  para  o  palco  ,  envolvendo  os  braços  musculosos  em  sua  cintura. usou-o  como  apoio  para  oscilar  o  corpo  ,  acompanhando  o  groove  com  perfeição  enquanto  proclamava  que  seu  sabor  era  tão  doce  quanto  o  de  sorvete. os  movimentos  ,  precisos  e  calculados  ,  incendiavam , e o  loiro  ,  finalmente  rompendo  seu  estado  de  transe  ,  ajustou  as  mãos  ao  longo  do  espaço  entre  costelas  e  quadril  ,  encaixando  beijos  leves  no  pescoço  feminino. os  gestos  ,  que  normalmente  a  inflamariam  ,  passaram  despercebidos. o  que  fazia  seu  sangue  vibrar  era  o  triunfo  ,  cada  olhar  fixo  em  si  como  um  feitiço  ,  e  ela  ,  o  antídoto  para  a  monotonia.

no  último  refrão  ,  seus  lábios  enunciaram  as  palavras  com  clareza  ,  como  se  fossem  exclusivamente  direcionadas  a  camilo. com  o  grave  final  ,  permitiu  que  o  corpo fosse  envolvido  pela  figura  loira  ,  as  íris  fixas  às  do  moreno. o  som  da  própria  respiração  e  do  sangue  bombeando  em  seus  tímpanos  abafando  a  reação  dos  aplausos. com  elegância  desvencilhou-se  de  matteo  ,  retornando  à  mesa  originalmente  para  dois  ,  a  terceira  cadeira  uma  intrusão  em  dissonância  ,  com um  sorriso  doce  desenhando  as  linhas  femininas. ❝  não  importa  o  quão  encantadora  você  ache  que  sua  teia  é  ,  algumas  presas  sabem  exatamente  onde  estão  pisando. ❞  o  sussurro  malicioso  veio  tão  próximo  que  o  calor  da  respiração  de  ambos  se  encontrou  antes  que  ela  recuasse. deixou  escapar  uma  risada  baixa  antes  de  sentar-se  novamente  ,    um  martini  aparecendo  como  por  encanto  em  suas  palmas  ,  refletindo  as  luzes  do  ambiente. brincando  com  o líquido  ,  cruzou  as  pernas  com  um  movimento  deliberado. ❝  então  ,  caro  ,  sua  curiosidade  está  saciada  ou  devo  continuar  ?  como  disse  ,  é  raro  me  repetir  ,  mas  se  matteo  estiver  disposto  ,  posso  muito  bem  roubar  a  cena  novamente  enquanto  você  tenta  acompanhar. ❞  movendo  a  taça  para  a  direita  ,  entrelaçou  os  dedos  do  loiro  entre  seus  joelhos  cruzados  ,  um  gesto  em  possessividade  e  provocação.

Entre  o  apelido  abominado  e  a  malícia  estampada  na  expressão  alheia  ,  neslihan

caso camilo se dispusesse a frequentar um terapeuta, provavelmente o escutaria racionalizar alguns mecanismos de defesa que o homem desenvolvera ao decorrer da vida, bem como ciclos viciosos aos quais ele estava preso. neslihan, para azar da própria moça, encaixava perfeitamente no tipo de situação em que o ricci acabava se colocando pela mera imaturidade emocional que alguém de sua idade não deveria ter. fosse ele menos traumatizado (ou ao menos capaz de lidar devidamente com seus traumas), provavelmente não depositaria tantos esforços naquela dinâmica, e certamente não estaria interrompendo o que era claramente um encontro - muito embora fosse visível a falta de química ali. e que não o entendessem errado: neslihan era exatamente o tipo de mulher que o atraía. tudo bem, ele também não tinha parâmetros tão rígidos e era mais do que comum vê-lo com todo tipo de pessoa. mas fato que, na lista de todas as suas preferências, gökçe gabaritava cada uma. desde detalhes menores como os olhos escuros e a altura acima da média, até coisas mais instigantes ainda como a personalidade forte e o temperamento colérico. mas naquele universo em que ele ainda era tão desequilibrado quanto podia ser, o que mais o instigava era o desafio e a auto validação que conquistá-la traria.

de modo geral, ele não era a pessoa mais competitiva do mundo, simplesmente porque um traço de personalidade desse exigiria esforços demais com muita frequencia. mas quando ele queria, sabia sim aplicar toda a sua energia em busca de uma vitória. naquele momento, por mais que pudessem pensar que a tal vitória vinha no formato da aposta, grande parte do seu real objetivo já havia sido conquistado. se ele receberia ou não a maior quantidade de palmas aquela noite (e tinha certeza de que o faria), já havia conseguido roubar neslihan do coitado que observava ainda perdido o caminho da conversa entre os dois conhecidos. o momento decisivo foram os segundos que antecederam as palavras da mais jovem, em que ricci não desviou o olhar do dela um momento sequer. ele sorriu com sua resposta; por mais que a frase estivesse repleta de desdém, ainda havia caído em sua teia. não se julgava mais esperto que neslihan, tampouco tinha a inocente crença de que a havia enganado ou qualquer coisa do tipo. sabia muito bem que, do mesmo modo que o ego de camilo se alimentava de toda a situação, o dela devia fazer o mesmo, pelo menos um pouco.

satisfeito com o rumo da conversa, ele ergueu o braço para pedir mais duas doses do uísque que havia roubado do loiro. "primeiro, não faça promessas que não pode cumprir, hani. e depois, há jeitos menos performáticos de calar a minha boca, mas acho que isso vai ser bem divertido de assistir." respondeu, o rosto iluminado por uma visível malícia. ergueu as sobrancelhas diante da proposta, apreciando a sugestão. antes de responder, porém, observou por sólidos segundos a figura agora em pé e ligeiramente inclinada de outrém, os olhos já escuros de camilo pareciam totalmente pretos enquanto percorriam cada centímetro de neslihan. "na verdade, você me deixou curiosíssimo para saber qual música dedicaria a mim." inclinou o próprio corpo para frente, ainda sentado, o olhar retornando ao dela. "além disso, não quero que me culpe quando você perder. então vai lá, me surpreenda."

Caso Camilo Se Dispusesse A Frequentar Um Terapeuta, Provavelmente O Escutaria Racionalizar Alguns Mecanismos

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4 months ago

"My father tells me that I'm too loud but he hasn't yet figured out that I inherited it from him, that some traits were passed down to his daughters even though he wanted to see them in sons. Had I been a boy, he would've told me to shout louder, that the world wants to hear what man has to say."


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neslihvns - 𝒈𝒍𝒐𝒓𝒊𝒐𝒖𝒔 ! justice
𝒈𝒍𝒐𝒓𝒊𝒐𝒖𝒔 ! justice

𝒕𝒉𝒆 𝒂𝒄𝒕𝒊𝒗𝒊𝒔𝒕 ! neslihan gökçe , 29 , human rights lawyer . can you hear my heart beating like a hammer ?

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